Sobre todo o arrependimento advindo da estupidez
Estou com
vontade de tomar cerveja desde cedo da tarde como nos velhos tempos e olhar
dentro dos teus olhos verdes ao mesmo tempo em que escuto tua risada alta e
contagiante por qualquer bobagem nesses teus lábios carnudos e com teu cabelo
bagunçado. E eu te perdôo por uma noite
ter jogado minha erva para o outro lado do muro porque tua mãe estava chegando
e perdôo por ter lido as cartas erradas para mim e ter me ignorado às vezes e
ficado com vergonha quando estava perto de mim. Ainda lembro-me do teu perfume em minha
almofada e dos teus beijos bem dados e do jeito como tocava violão, sempre
linda, vestindo tuas camisas grunge e ouvindo Nirvana, Oasis e Aerosmith comigo.
Literatura
era nosso assunto preferido, mas tu apagaste nossas fotos e eu acabei não
publicando um conto com o teu nome e acabei te traindo por ser, como você mesma
disse, uma vadia estúpida. Eu ainda o
sou, e não é drama não, mas acho que sempre serei, por isso não sou digna de
algumas coisas das quais eu gostari…